Cultura sobre a cidade / Em busca da própria identidade.

08-09-2011 11:06

 

Reportagem editada pelo aluno Rodrigo do 5º ano do E.F. do Colégio Ambiental.

Prdução: Campo grande online

Site:https://www2.uol.com.br/campogrande/cidade/cult.htm

 

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A cultura campo-grandense é
uma síntese da cultura da região.

Ao contrário de cidades mais antigas, como Cuiabá e Corumbá, que em função de séculos de isolamento desenvolveram um jeito de ser, um gosto e um sotaque marcantes e peculiares, Campo Grande revela uma cultura em formação. Um processo em andamento, que remonta pouco mais de um século, e que busca identidade na somatória de influências diversas, que vão dos índios às recentes migrações internas.

Apesar de traços e manifestações urbanas já bastante peculiares, quanto às tradições culturais que lhe dão identidade, a cultura de Campo Grande é na verdade a cultura de Mato Grosso do Sul.

Cujas origens poderiam ser compreendidas como as particularidades sul do antigo Mato Grosso.

A influência guarani aqui
é mais marcante.

Na música, na fala, na culinária, nos galpões,
na tecelagem, na vida doméstica e na roda de tereré, tudo parece querer lembrar
que "aqui também foi Paraguai".

Mais forte que isso, só a lembrança constante de que, antes de ser Paraguai, antes dos espanhóis,
aqui já era kadiweu. Terena, guaicuru, ofaié.

A presença indígena é marcante em tudo
que Campo Grande tem de mais particular.

E o indígena daqui guarda diferenças notáveis
(mesmo para antropólogos de primeira viagem)
em relação aos indígenas do restante do Brasil,
da Bolívia, do Paraguai e da Argentina.

O índio daqui é o da Terra Mbayanica, que foi o primeiro nome dado à região, domínio dos mbayá-guaicuru.

Que depois dos espanhóis e dos portugueses
conheceu e conviveu com vários povos brasileiros,
não tanto os nordestinos e os cariocas, como
aconteceu em Cuiabá, mas principalmente com
os mineiros, os paulistas e os sulistas.

Com a participação especial dos imigrantes
japoneses, libaneses, árabes, turcos, armênios
e tantos outros. Todos convivendo anos a fio
(e nem sempre fraternalmente) com os herdeiros
resistentes do império guaicuru. Na estrada, na roça,
na feira, no mercado, no bolicho, na festa, na calçada.
Na luta pela sobrevivência.

Com o impacto das novas tecnologias,
das novas midias e da consequente
avalanche de símbolos e ícones universais,
ao invés de dispersão parece ocorrer aqui
um processo de depuração.
Que dá maior visibilidade a esses
traços particulares regionais.

Que vão se fundindo, para continuar existindo,
no que aos poucos começa a ser reconhecida
como a identidade sul-mato-grossense.

Naturalmente campo-grandense

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