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Campo Grande é um município brasileiro da região Centro-Oeste, capital do estado de Mato Grosso do Sul. Reduto histórico de divisionistas entre o sul e o norte, Campo Grande foi fundada há mais de 111 anos por colonizadores mineiros, que vieram aproveitar os campos de pastagens nativas e as águas cristalinas da região dos cerrados. A cidade foi planejada em meio a uma vasta área verde, com ruas e avenidas largas. Relativamente arborizada e com diversos jardins por entre as suas vias, apresenta, ainda nos dias de hoje, forte relação com a cultura indígena e suas raízes históricas. Por causa da cor de sua terra (roxa ou vermelha), recebeu a alcunha de Cidade Morena. A cidade está localizada em uma região de planalto, em que é possível ver os limites da linha do horizonte ao fundo de qualquer paisagem. O aquífero Guarani passa por baixo da cidade[9]
Campo Grande está localizada no centro do estado e equidistante dos extremos norte, sul, leste e oeste de Mato Grosso do Sul, fator que facilitou a construção das primeiras estradas da região, contribuindo para que se tornasse a grande encruzilhada ou polo de desenvolvimento de uma vasta área. É considerado o mais importante centro impulsionador de toda a atividade econômica e social do estado, posicionando-se como o de maior expressão e influência cultural, sendo também o polo mais importante de toda a região do antigo estado, desmembrado em 1977. Em 1950, o município concentrava 16,3% do total das empresas comerciais de Mato Grosso do Sul; em 1980, este número subiu para 24,3% e, em 1997, a 34,85%. Também registrou crescimento populacional acima da média nacional nos anos 1960, 70 e 80. Hoje, a cidade possui dimensões e características próximos aos de uma metrópole, com uma população próxima de 1 milhão de habitante. Segundo pesquisa feita em 2006 pela revista Exame, Campo Grande é a 28ª melhor cidade do Brasil em infraestrutura,[10] fator decisivo na atração de investimentos.
Etimologia
Seu atual nome originou-se do primeiro nome, que era Arraial de Santo Antônio de Campo Grande.
História
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Em 21 de junho de 1872 José Antônio Pereira chegou e se alojou em terras férteis e completamente desabitadas da Serra de Maracaju, na confluência de dois córregos - mais tarde denominados Prosa e Segredo - onde hoje é o Horto Florestal. No dia 14 de agosto de 1875, José Antônio Pereira enfim retornou com sua família (esposa e oito filhos), escravos e outros, num total de 62 pessoas. No primeiro rancho, que havia construído, encontrou Manoel Vieira de Sousa (Manoel Olivério) e sua família, provenientes de Prata, que ali haviam chegado atraídos pelas notícias dos campos de Vacaria, juntamente com seus irmãos Cândido Vieira de Souza e Joaquim Vieira de Souza e alguns empregados, um dos quais Joaquim Dias Moreira (Joaquim Bagage). A região e a vila se desenvolviam em razão do clima e da privilegiada situação geográfica. Isso atraiu habitantes de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Nordeste, entre outros. Depois de cansativas e insistentes reivindicações (também devido a sua posição estratégica, e sendo passagem obrigatória em direção ao extremo sul do Estado, Camapuã ou ao Triângulo Mineiro), o governo estadual promulgou a resolução de emancipação da vila e a elevou à condição de município, ao mesmo tempo mudando o seu nome para Campo Grande, em 26 de agosto de 1899, tendo como primeiro prefeito Francisco Mestre (até 1º/11/1904).
A comarca foi criada em 1910, sendo seu primeiro juiz de direito Arlindo de Andrade Gomes e seu primeiro promotor público, Tobias de Santana. As ideias modernizadoras dos primeiros administradores influenciaram várias áreas, da pecuária ao urbanismo, e foi traçada a zona urbana com avenidas e ruas amplas e arborizadas. Outro fator de progresso para o município e para o estado de Mato Grosso foi a chegada da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, da RFFSA (atual Novoeste), em 1914, ligando as bacias dos rios Paraná e Paraguai aos países vizinhos: à Bolívia (em Corumbá) e ao Paraguai (em Ponta Porã). Finalmente foi concretizada em 11 de outubro de 1977, pela Lei Complementar nº 31, a criação de um novo estado (o Mato Grosso do Sul), cuja capital seria Campo Grande.
Geografia
Localização
O município de Campo Grande está situado no sul da região Centro-Oeste do Brasil, no centro de Mato Grosso do Sul (Microrregião de Campo Grande). Geograficamente, o município de Campo Grande se situa próximo da fronteira do Brasil com Paraguai e Bolívia. Localiza-se na latitude de 20º26’34” Sul e longitude de 54°38’47” Oeste. Está equidistante dos extremos norte, sul, leste e oeste e se situa a 1 134 km de Brasília.
Geografia física
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Solo
Os tipos de solos originais que constituem o município são:
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Latossolo vermelho escuro: solos minerais profundos e bem drenados;
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Latossolo roxo: solos profundos, bem drenados e com baixa suscetibilidade a erosão;
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Areias quartzosas: solos minerais, não hidromórficos, textura arenosa, pouco desenvolvido e com baixa fertilidade natural;
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Solos litoicos: solos rasos, muito pouco evoluídos, apresentam teores baixos de materiais primários de fácil decomposição.
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Topografia e altitude
Apesar de ser uma cidade serrana, apresenta topografia plana e a Formação Serra Geral é constituída pela sequência de derrames basálticos, ocorridos entre os períodos Jurássico e Cretáceo, na Era Mesozoica. Estas rochas efusivas estão assentadas sobre arenitos eólicos da Formação Botucatu e capeadas pelos arenitos continentais, fluviais e lacustres. Sua menor altitude é 590 metros e a maior é de 801 metros, tendo altitude média de 695 metros.
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Clima, temperatura e pluviosidade
Possui temperaturas bastante variáveis durante o ano. Predomina o clima tropical com estação seca, com duas estações muito bem definidas: quente e úmida no verão e menos chuvosa e mais amena no inverno. Nos meses de inverno a temperatura pode cair bastante, em certas ocasiões. Precipitação média de 1 225 mm ao ano, com variações durante certos anos (para mais ou para menos). A amplitude térmica é relativamente elevada devido à pouca influência da maritimidade (a cidade está muito distante do oceano).
[Esconder]Médias de temperatura do ar e precipitação para Campo Grande, Mato Grosso do Sul - Brasil |
Mês |
Jan |
Fev |
Mar |
Abr |
Mai |
Jun |
Jul |
Ago |
Set |
Out |
Nov |
Dez |
Ano |
Temperatura máxima média (°C) |
28,6 |
30,4 |
30,2 |
29,2 |
27,1 |
26,1 |
26,7 |
29 |
27,5 |
30,6 |
30,4 |
29,8 |
28,8 |
Temperatura mínima média (°C) |
19,7 |
20,1 |
18,3 |
18,4 |
16 |
15,3 |
14 |
16 |
17,5 |
18,9 |
19,5 |
20,4 |
17,8 |
Precipitação (mm) |
243,3 |
187,1 |
145,4 |
101,2 |
111,4 |
44,8 |
45,7 |
39,7 |
81,1 |
130 |
110 |
229,3 |
1 224,2 |
Fonte: Climate Charts[11] 27 de abril de 2011 |
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Hidrografia
Situa-se sobre o divisor de águas das bacias dos rios Paraná e Paraguai. O Aquífero Guarani passa por baixo da cidade,[12] sendo capital do estado detentor da maior porcentagem do Aquífero dentro do território brasileiro. O município não tem grandes rios, sendo cortado apenas por córregos, ribeirões e rios de pequeno porte. Seguem as informações sobre a hidrografia:
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Bacia: Rio Paraná
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Sub-bacia: Rio Pardo.
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Rios: Anhanduí e Anhanduizinho
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Córregos: Prosa, Segredo, Sóter, Pindaré, Vendas, Botas, Buriti, Lagoa, Imbirussu, Ceroula, Serradinho, Cabaça, Cascudo, Bandeira, Bálsamo, Brejinho, Poção, Formiga, Desbarrancado, Olho D'água, Cabeceira, Pedregulho, Nascente, Lageado e Guariroba.
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Vegetação
Com um conjunto geográfico uniforme, localiza-se na zona subtropical e pertence aos domínios da região fitogeográfica da savana e árvores caducifóleas. Sua cobertura vegetal autóctone apresenta-se com as fisionomias de savana arbórea densa, savana arbórea aberta, savana parque e savana gramíneo lenhosa (campo limpo), além das áreas de tensão ecológica representadas pelo contato savana/floresta estacional e áreas das formações antrópicas. Os tipos de vegetação originais do município são:
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Cerrado: caracteriza-se por árvores baixas, de troncos retorcidos e cascas grossas, espalhadas pelo terreno.
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Florestas ou matas: caracteriza-se pelo predomínio de árvores altas que crescem bem próximas umas das outras.
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Campos: caracteriza-se pela formação de plantas rasteiras, predominando o capim e a grama.
Geografia política
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Fuso horário
Está a -1 hora com relação a Brasília e -4 com relação a Greenwich.
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Área
Ocupa uma superfície total de 8 096,051 km², ocupando 2,26% da área total do Estado. A área urbana totaliza 154,45 km² segundo a Embrapa Monitoramento por Satélite.[13]
Subdivisões
Campo Grande possui os distritos de Anhanduí e Rochedinho. Na sede são 74 bairros.
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Arredores
Faz divisa com os municípios de Jaraguari, Rochedo, Terenos, Sidrolândia, Nova Alvorada do Sul e Ribas do Rio Pardo.
Demografia
Desde a sua fundação, a cidade de Campo Grande tem crescido de maneira razoavelmente constante, com uma população de mais de 750 mil habitantes (ou 31,77% do total estadual) e cerca de 90 hab/km², sendo o terceiro maior e mais desenvolvido centro urbano da região Centro-Oeste e a 24ª maior cidade do Brasil em 2008, segundo o IBGE. Entre seus moradores é possível encontrar descendentes de espanhóis, italianos, portugueses, japoneses, sírio-libaneses, armênios, paraguaios e bolivianos. A qualidade de vida de Campo Grande acabou atraindo também muitas pessoas de outros estados do Brasil, especialmente dos estados vizinhos (São Paulo, Paraná e Minas Gerais) e do Rio Grande do Sul.
Condição social
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Abastecimento hidráulico
A água que é consumida vem principalmente dos córregos Lageado e Guariroba.
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Educação
O total de crianças na escola é de 87,12% e o analfabetismo é de 8,4%.
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Energia elétrica
Desde 2001 uma usina termelétrica inaugurada no município utiliza o gás natural boliviano trazido pelo Gasoduto Brasil-Bolívia.
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Habitação
o número de imóveis em Campo Grande totaliza 283.334 unidades, sendo 283.017 particulares e 317 públicos, segundo dados do censo do IBGE de 2010[14].
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Domicílios de Campo Grande
Total de domicílios |
283 334 domicílios |
Est: IBGE[15]
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Domicílios particulares |
283 017 domicílios |
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Domicílios coletivos |
317 domicílios |
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Domicílios por rendimento[16]
Mais de 5 salários |
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De 2 á 5 salários |
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De 1 á 2 salários |
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De 0,5 á 1 salário |
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De 0,25 á 0,5 salários |
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Até 0 25 salários ou sem rendimento |
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Índice Gini
Totaliza 0,610 (est. 2000)
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Mortalidade infantil
13,45 por mil
Imigração
No início do século XX, pouco tempo após o Brasil ter abolido a escravidão negra, as necessidades de mão-de-obra nos campos e nas cidades eram uma questão de emergência, e o interesse em receber imigrantes por parte do governo brasileiro veio a solucionar uma questão que já estava se tornando agravante para o país.
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Imigração alemã e do leste europeu: em 1924 a Europa, principalmente a Alemanha, vivia as consequências da 1ª Guerra Mundial. Propaganda de fartura e vida melhor era exibida em filmes sobre o sucesso das colônias europeias no Sul do País, através de uma Companhia de Colonização Alemã: a "Hacker". Esta Companhia providenciou a vinda de um grupo de alemães, búlgaros, poloneses, russos, austríacos e romenos, para se estabelecerem na Colônia de Terenos, um núcleo agrícola próximo de Campo Grande, demarcado para receber os novos colonizadores. A Companhia de colonização fracassou e a Prefeitura de Campo Grande se responsabilizou pela total assistência aos colonos imigrantes; fornecia alimentos, material agrícola, sementes, remédios, utensílios domésticos, inclusive o transporte das bagagens das famílias, vindas pela ferrovia. O então Prefeito de Campo Grande, Vespasiano Barbosa Martins, não poupou esforços para que a Colônia progredisse, mas os colonos, acostumados com o trabalho mecanizado nas lavouras da Europa, não se adaptaram ao trabalho duro da enxada e deixaram esta Colônia, voltando alguns para a Europa, outros indo se estabelecer no Sul do País.
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Imigração espanhola: nas primeiras décadas do século XX, os espanhóis chegaram a Campo Grande: os Cubel, Vasques, Gomes, Sobral, Pettengil, Caminha e outros. Na década de 20, Francisco Cubel Pastor chegou a Campo Grande com esposa e filhos e fundou a Padaria Hodierna Espanhola, e os bisnetos dos imigrantes hoje atuam nos mais variados ramos das atividades sociais, políticas e comerciais da cidade.
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Imigração italiana: Bernardo Franco Baís foi o primeiro italiano que chegou a Campo Grande e constituiu uma grande família que contribui até hoje para o desenvolvimento político, econômico e social de Campo Grande. Depois, influenciado por ele, vários outros imigrantes aportaram no Sul de Mato Grosso em busca de novas terras, como é o caso de Francisco Giordano, que em 1912, junto com sua família, fixou-se nesta cidade. Muitos outros italianos deram grande parcela de contribuição para a cidade, entre eles: Lacava, Mandetta, Molitemo, Menotti, Panutti, Carmelo Interlando, Leteriello, Bacchi, Bertoni, Camillo, Canale, Cândia, Dissoli, Espósito, Fragelli, Matioli, Maymone, Mayolino, Metello, Mosena, Oliva, Muzzi, Pache, Oliva, Simioli, Tognini, Trivelato, Trombini, Zardo, Crepaldi, Bogarim, Candelorio e vários outros. Todos fizeram e fazem a história da cidade.
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Imigração japonesa: a crise que abalou o Japão com suas guerras, desempregos e superpopulação, fez com que criassem a Companhia Imperial de Imigração, e através dela, no dia 18 de Junho de 1908, o navio chamado Kasato Maru chegou ao Porto de Santos trazendo 781 imigrantes, sendo que 26 famílias foram para Mato Grosso, informados de suas terras férteis, pouco exploradas, e de clima agradável. A notícia da necessidade de mão-de-obra para a construção da Ferrovia no Estado de Mato Grosso, com remuneração muito boa na época, exaltou os ânimos daqueles imigrantes que se desiludiram nas fazendas de café de São Paulo e Minas Gerais, e partiram com destino ao Sul de Mato Grosso. Em 1909 um grupo de 75 imigrantes, a maioria de Okinawa, partiu de Santos em um cargueiro fretado pela construtora da ferrovia. Vieram pelo Sul até o estuário do Rio da Prata, percorreram parte do território argentino até o Rio Paraguai, seguindo seu curso até seu destino em Porto Esperança, na base das obras da ferrovia, já em Mato Grosso. Outros vieram pelo Peru, também informados pelos serviços da Ferrovia Noroeste do Brasil. Aqui as dificuldades também eram desanimadoras: mosquitos, febre amarela, ataque dos índios. Com a morte de muitos imigrantes, alguns desistirem do trabalho da construção da ferrovia. Com o final da construção da Ferrovia Noroeste do Brasil entre 1914 e 1915, muitos japoneses se fixaram em Campo Grande. As condições para se estabelecerem eram tentadoras, pela oferta de lotes a preços baixos, com a condição de neles se construir. Como havia deficiência na produção de hortifrutigranjeiros na região e os preços dos alimentos eram exorbitantes, um grupo de sete famílias formou um núcleo de colonização que se chamou Mata do Segredo, e foram estes pioneiros que impulsionaram o surgimento de outros núcleos de japoneses na região. A venda de frutas e verduras ainda hoje se concentra nas mãos dos japoneses no Mercado Municipal e na Feira Central com quase 80 anos de existência, que se transformou em ponto turístico da cidade, com suas barracas estilizadas, do sobá, yakisoba e espetinho de carne. Gerações de nisseis escolheram profissões liberais como medicina, odontologia, engenharia, política ou comércio, dando continuidade ao crescimento econômico e cultural de Campo Grande.
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Imigração paraguaia: a instabilidade que sempre existiu no Paraguai desde a sua independência, obrigando o país a passar por várias guerras, golpes e ditaduras militares, fez com que milhares de paraguaios deixassem seu país em busca de tranquilidade e sustento para suas famílias. A grande extensão fronteiriça de Mato Grosso do Sul com este país e a facilidade em suas fronteiras ajudaram que muitos imigrassem e continuassem a imigrar para o estado. Em Campo Grande, a maior colônia de imigrantes é a paraguaia, exercendo sua influência em todas as atividades econômicas, sociais, políticas e culturais. O primeiro núcleo de paraguaios se deu onde se localiza hoje a Vila Carvalho, com registro da chegada da família de Eugênio Escobar em 1905. A Vila Popular também é formada em sua maioria por paraguaios que chegaram em 1959 e ali se estabeleceram próximo ao frigorífico, na época o FRIMA, que os empregavam por serem especialista na lida com o gado, principalmente na charqueada, sendo que outras vilas agrupam grande quantidade de paraguaios. Introduziram-se nas mais variadas atividades do comércio, colocando em prática seus conhecimentos adquiridos no seu país, uns trabalhando com o couro nas selarias e sapatarias, outros como barbeiros, donos de bares, restaurantes e lanchonetes. Alguns filhos de imigrantes são, hoje, advogados, médicos e políticos, dando sua contribuição ao desenvolvimento de Campo Grande. A influência cultural paraguaia tornou-se a mais marcante no cotidiano do campo-grandense, com as rodas de tereré (erva-mate com água fria), a polca paraguaia, a guarânia, o chamamé e a festa de Nossa Senhora de Caacupê, com missas, terços, comida e danças. Na alimentação, a "chipa" e a "sopa paraguaia" fazem parte do cardápio campo-grandense. O uso de ervas medicinais é uma influência paraguaia: depara-se em cada esquina do centro da cidade com um vendedor de ervas chamado "raizeiro". Os paraguaios também fundaram em Campo Grande o Hospital Adventista do Pênfigo, que trata, entre outras, a doença do fogo selvagem, que foi fundado pelo Pastor Alfredo Barbosa, nos anos 50, curando muitos doentes, graças ao emprego de uma fórmula fornecida por um homem vindo do Paraguai, de nome Jamar. Hoje, o atendimento no hospital é feito a pessoas do mundo todo.
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Imigração portuguesa: em 1913, chegou a Campo Grande Antônio Secco Thomé com seus filhos Manoel e Joaquim Maria Secco Thomé. Especialistas nas artes da marcenaria e carpintaria, logo conseguiram trabalho e, em seguida, abriram seu próprio negócio. Com o passar dos anos, abriram a Firma Thomé S. Irmãos, a mais importante do município, responsável por obras importantes para a cidade e vários municípios do Estado de Mato Grosso. Outros portugueses aqui se estabeleceram e deram sua participação no desenvolvimento da cidade: os Oliveira, Cação, Figueira, Figueiredo, Pereira, Fonseca, Pedrosa, Duarte, Gonçalves, Cardoso, Mateus, Marques, os Dias Barreira e muitos outros.
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Imigração sírio-libanesa: a partir de 1912, fugindo das guerras sangrentas que assolavam o Oriente, sírios, libaneses, turcos e armênios chegavam ao Porto de Santos. De Santos, partiram para o Porto de Corumbá, que era o portal de entrada para o Centro-Oeste e o polo comercial de Mato Grosso. Alguns seguiram para Campo Grande em lombos de burros e carretas puxadas por juntas de bois; outros, através da estrada de ferro Noroeste do Brasil. No início, mascateavam pelo interior do estado levando suas mercadorias ao mais distante vilarejo ou fazenda. O mascate virou comerciante e, na Rua 14 de Julho, Av. Calógeras e Rua 26 de Agosto, começaram a montar suas lojas. Amim Scafe foi o primeiro comerciante árabe que chegou a Campo Grande, em 1894. A partir daí, outros foram chegando e instalando suas lojas comerciais, sendo eles: Salomão e Felipe Saad, Moisés Maluf e Marão Abalem, Moisés Sadalla, Salim Maluf, Felix Abdalla, Eduardo Contar, João Siufi, Chaia Jacob, Aikel Mansour, Abrão Julio Rahe, Elias Baixa, entre outros. Continuaram contribuindo para o crescimento de Campo Grande de geração em geração, atuando nas mais variadas atividades comerciais, liberais e políticas da capital de Mato Grosso do Sul.
Urbanização e arquitetura
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Vista da região central com seus prédios
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Avenida Afonso Pena próximo ao Shopping Campo Grande
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Área de lazer em frente ao Parque da Nações Indígenas
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Reserva Indígena Urbana Marçal de Souza
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Típica via pública de Campo Grande
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Avenida Ministro João Arinos (BR-262)
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Campo Grande tem característica e tamanho dignos de uma metrópole, possuindo avenidas amplas e largas que se cruzam nos sentidos norte-sul e leste-oeste, formando um desenho semelhante a um tabuleiro de xadrez.
Campo Grande experimentou um "boom" de desenvolvimento nas década de 1960, década de 1970 e década de 1980, condição que acabou facilitando também a construção das primeiras estradas de acesso, sendo grande polo atrativo de empregos. Já na década de 1990, definhava na ausência de perspectivas econômicas, chegando até mesmo a sofrer déficit nas estatísticas de crescimento, recuperando-se a partir do final dessa década. Há uma perspectiva de que no início da década de 2020 conte com mais de 1 milhão de habitantes, podendo assim ser considerada uma metrópole regional.
Nos últimos anos houve um grande crescimento de construções voltadas para as classes A e B, ultrapassando R$ 1 bilhão só na fase de implantação. Isso se dá pelas seguintes razões: saturação dos grandes centros (que já não têm mais espaço para determinadas atividades econômicas); da estabilidade econômica e aumento da renda da população local; incentivos municipais e estaduais, que vão desde a isenção de ISS (Imposto sob Serviços de Qualquer Natureza) e IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) até doação de áreas e execução de terraplanagem. O fato de que na cidade não existe concentração de indigentes e pedintes de rua, se comparado aos grandes centros, também pesa na hora de atrair investidores. Os programas sociais dos governos conseguiram amenizar a situação crônica enfrentada pelas famílias excluídas. A cidade é a primeira capital a eliminar todas as favelas e, além disso, os índices de violência são considerados muito baixos para os padrões brasileiros.
Entretanto, a expansão horizontal da cidade acabou provocando baixa densidade populacional, grandes distâncias, bairros com pouca infraestrutura, além de inúmeros terrenos vagos. Segundo urbanistas, caberia outra Campo Grande dentro dela mesma. Há estudos para urbanizar os vazios da cidade.
Administração
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Campo Grande conta com o maior colégio eleitoral do estado de Mato Grosso do Sul. Seu eleitorado total é de 509.910 (238.974 homens e 270.936 mulheres). Pertence à Comarca de Campo Grande.
São símbolos oficiais da cidade o brasão, a bandeira e o hino.
Poderes
Legislativo
O poder legislativo em Campo Grande é representado pela Câmara de Vereadores, que é responsável pela apreciação e aprovação de leis municipais. A cidade é representada por um total de 21 vereadores.
Executivo
O poder executivo em Campo Grande é representado pelo prefeito, vice-prefeito e secretários municipais, que são responsáveis pela promulgação e aplicação das leis municipais.
O atual prefeito da cidade de Campo Grande é Nelson Trad Filho (Nelsinho Trad) (2005/2012), do PMDB, e o vice-prefeito é Edil Albuquerque, do mesmo partido.
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Cidades-irmãs
Campo Grande tem como cidades-irmãs as cidades a seguir:
Judiciário
Campo Grande é sede do Poder Judiciário Estadual (Tribunal e Justiça do Estado). Também é sede do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, ou seja, o Estado de Mato Grosso do Sul. O Tribunal de Contas do Estado, embora sediado em Campo Grande, não pertence ao Poder Judiciário nem é um órgão do Poder Legislativo, pois possui autonomia administrativa e financeira. Sua função é auxiliar o Legislativo e fiscalizar a aplicação do dinheiro público.
Economia
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Composição econônica de Campo Grande[17]
Agropecuária |
R$ 106.635.000,00 |
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Indústria |
R$ 1.555.430.000,00 |
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Serviços |
R$ 8.800.022.000,00 |
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A população economicamente ativa do município totaliza 333.597 pessoas (189.202 homens e 144.396 mulheres) e seu potencial de consumo é de 0,58% (est. 2006). De um modo geral, a maior parte da mão-de-obra ativa do município é absorvida pela setor terciário (comércio de mercadorias e prestação de serviços). A construção civil também desempenha papel muito importante na economia local.
O cenário de crescimento atual faz com que a cidade possa ter condições de oferecer mais empregos, mas tem como desafio crescer de forma planejada sem que esse boom se torne uma catástrofe social e tire um dos principais chamarizes para o investimento: a qualidade de vida. Um exemplo otimista pode ser observado nos supermercados populares distribuídos pelos bairros da cidade. Famílias de baixa renda movimentam o comércio local, reflexo do momento de prosperidade da população local. A construção dos quatro novos shoppings centers (Bosque Campo Grande, Norte-Sul, Pátio Central e Cidade Morena) na cidade deve gerar mais cinco mil postos de empregos.
Crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) (fonte: IBGE) |
Ano |
PIB (R$) |
PIB per capita (R$) |
2000 |
3.621.488.000,00 |
5.385,27 |
2001 |
3.847.086.995,00 |
5.593,90 |
2002 |
4.802.070.000,00 |
6.830,00 |
2003 |
5.515.740.000,00 |
7.675,00 |
2004 |
6.356.403.000,00 |
8.658,00 |
2005 |
6.903.356.000,00 |
9.207,00 |
2006 |
7.839.567.000,00 |
10.244,00 |
2007 |
8.944.688.000,00 |
12.346,00 |
2008 |
10.462.086.000,00 |
14.001,93 |
Corredor bioceânico
Chama-se a atenção para o fato de que o transporte de mercadorias por containers reforça a viabilidade destes corredores.
Rota Campo Grande – Dourados - Atlântico
O Paraguai possui boas saídas para o Atlântico através do Brasil, a partir de Campo Grande/Dourados, em direção aos portos de Paranaguá e Santos. Em Paranaguá e Santos existem entrepostos livres, que permitem ao Paraguai exportar diretamente por estes portos sem que as mercadorias dêm entrada no Brasil. Conta também com a navegação pelo Rio Paraguai, de Assunção até o Rio da Prata.
A distância entre Campo Grande e Paranaguá é de 1093 km, sendo 265 em pista dupla. Entre Campo Grande e Santos é de 1032 km, sendo mais de dois terços do percurso em pista dupla.
Rota Campo Grande – Corumbá – Bolívia - Pacífico
Saídas rodoviárias para os portos do Pacífico através da Bolívia, permitem economizar percurso a partir de zonas produtoras, diminuir os tempos totais de viagem dos produtos, além de promoverem o intercâmbio regional com os países vizinhos, possibilitando o tráfego de mercadorias e passageiros. Sem uma infra-estrutura adequada que garanta o transporte internacional e sem energia para as agroindústrias se estabelecerem, os acordos comerciais regionais terão muita dificuldade para prosperar.
Exportando-se pelos portos do Pacífico, os percursos para Yokohama ficam portanto de 5.070 a 7.900 km mais curtos, dependendo das rotas e dos portos visitados, tornando os fretes marítimos mais baixos e diminuindo os tempos de viagem dos produtos. Na rota pelo Canal do Panamá devem ser acrescidos os custos com as tarifas de passagem pelo Canal e eventual transbordo em São Francisco.
Sem adequadas saídas para o Pacífico, o Brasil perde valiosas rotas para participar deste comércio crescente. Além disto, estas saídas facilitariam também o intercâmbio com a costa oeste dos EUA, bem como impulsionariam o comércio regional na América do Sul Os produtos brasileiros oriundos de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Acre e Amazonas (parte sul), atualmente exportados pelos portos do Atlântico, estão com a sua competitividade ameaçada. Além dos longos percursos rodoviários, a má conservação das estradas está causando o encarecimento dos fretes. Por outro lado, as tarifas portuárias em Santos e em outros portos do litoral brasileiro são consideradas muito altas para padrões mundiais, além do congestionamento verificado.
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Rodovias
Partindo de Campo Grande, no entroncamento das rodovias BR-060, BR-163 e BR-262, prossegue-se em direção oeste até o acesso a Aquidauana, por 136 km. Daí segue margeando o Pantanal Matogrossense por 69 km até Miranda. O trecho de Miranda até a travessia do rio Paraguai tem 148 km, atravessando o Pantanal, e demandou vários anos de custosos trabalhos de consolidação do leito estradal.
Na travessia do rio Paraguai há uma ponte de cerca de 2 km com um pedágio, que termina em Porto Morrinho. A partir deste ponto, a rodovia toma a direção norte por 67 km até a base naval de Ladário, na margem direita do mesmo rio. O percurso também é feito através do Pantanal mas com leito já consolidado. De Ladário até Corumbá são apenas 4 km em pista dupla e daí até a fronteira Brasil-Bolívia mais 6 km. Resumindo, de Campo Grande até a fronteira com a Bolívia são 431 km, pavimentados.
Em território boliviano, a partir da localidade fronteiriça de Puerto Suarez, a rodovia está em precárias condições. Há planos para se asfaltar esta rodovia, que integra um corredor de exportação da Bolívia. O percurso entre Puerto Suarez e Santa Cruz tem 659 km, sendo que somente os últimos 58 km (Pailón-Santa Cruz) são pavimentados. A principal cidade atravessada é San José de Chiquitos. A partir de Santa Cruz existem rodovias pavimentadas até o Pacífico. O melhor corredor sai de Santa Cruz com rumo norte até Guabirá, num percurso de 60 km. Em Guabirá entronca-se com o corredor Cuiabá – Bolívia – Pacífico, já descrito anteriormente.
Em resumo, a partir de Puerto Suarez até o Pacífico pela opção mais curta, ou seja, a que demanda o porto de Arica, são 1.797 km. A distância total de Campo Grande e Arica é de 2.228 km.
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Ferrovias
Com 1,00 m de bitola (antiga EFNOB – Estrada de Ferro Noroeste do Brasil), ligando Bauru, SP a Campo Grande e Corumbá, e um ramal entre Campo Grande e Ponta Porã, fronteira com o Paraguai, num total de 1.621 km de trilhos. Em Bauru faz conexão com a malha da Ferroban (antiga FEPASA), que dá acesso ao porto de Santos, na mesma bitola, através do ramal de Mairinque.
Entre Corumbá e Santa Cruz encontra-se em operação uma ferrovia do sistema ferroviário boliviano, a Red Oriental, (antiga Estrada de Ferro Brasil – Bolívia), com 643 km e bitola de 1,00 m, também privatizada recentemente. Segundo informações, não há tráfego mútuo entre estas 2 ferrovias que encontram-se em Corumbá. É necessário fazer-se o transbordo das mercadorias de um trem para o outro, com passagem pela alfândega.
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Navegação Fluvial
Corumbá é um importante porto no rio Paraguai e existe navegação fluvial com bom calado (acima de 2,00 m) para comboios de chatas no rumo sul até o rio da Prata, passando por Porto Murtinho, MS e Assunção, Paraguai. No rumo norte, em direção a Cáceres, MT, a navegação sofre inúmeras restrições.
Em resumo, de acordo com as várias opções portuárias no Pacífico já examinadas, temos as seguintes possibilidades de percurso nesta Rota, com as respectivas extensões:
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Alternativas Mistas (Ferrovia + Rodovia)
O trecho rodoviário Campo Grande – Corumbá – Santa Cruz possui 1.090 km. Por outro lado, a extensão de ferrovia para cobrir o mesmo trecho é de 1.114 km. O percurso rodoviário equivalente ao ferroviário (em termos de custo de transporte) é de 1.114 x 0,514 = 573 km. Assim sendo, pode-se considerar que, usando-se a ferrovia em vez da rodovia neste trecho, teremos uma economia teórica de: 1.090 – 573 km = 517 km.
Influencias
Influência Nacional
Geograficamente, Campo Grande possui posição importante nacionalmente. Os cenários de desenvolvimento reservam para a cidade uma face de privilegiada posição geográfica que garante relevante papel central na geopolítica da região Centro-Oeste e possivelmente também do Brasil.
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Intensidade de relacionamento empresarial brasileiro (IBGE, 2004).[18]
Influência regional
Campo Grande, com 787 mil habitantes e 30 relacionamentos diretos, é uma capital regional A. Campo Grande é uma das duas cidades de MS (juntamente com Dourados) que, como as metrópoles, também se relacionam com o extrato superior da rede urbana. Com capacidade de gestão no nível imediatamente inferior ao das metrópoles, têm área de influência de âmbito regional, sendo referidas como destino, para um conjunto de atividades, por grande número de municípios. Campo Grande é uma das 11 cidades no Brasil com a classificação Capital Regional A. As 30 cidades influenciadas por Campo Grande são as seguintes:
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Centros regionais C: 1 (Dourados)
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Centros de zona A: 4 (Aquidauana, Corumbá, Nova Andradina e Três Lagoas)
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Centros de zona B: 5 (Bataguassu, Camapuã, Cassilândia, Chapadão do Sul, Coxim, Jardim, Miranda e Paranaíba)
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Centros locais: 17 (Bandeirantes, Bonito, Corguinho, Costa Rica, Dois Irmãos do Buriti, Jaraguari, Nova Alvorada do Sul, Pedro Gomes, Porto Murtinho, Ribas do Rio Pardo, Rio Negro, Rio Verde, Rochedo, São Gabriel, Sidrolândia, Sonora e Terenos)
Agropecuária
Importante ramo econômico de Campo Grande, é uma de sua principais fontes de arrecadação.
Na agricultura as principais culturas agrícolas são soja, milho, arroz e mandioca. É o 4º produtor de leite, 6º produtor de mel de abelhas (juntamente com os municípios de Amambai, Laguna Carapã e Maracaju), 11º produtor de ovos de galinha, maior produtor de lã e 17º produtor de trigo do estado.
A pecuária bovina abastece os frigoríficos locais, que exportam carne para outros estados do Brasil. Outra atividade importante é a pecuária leiteira. Possui o 3º rebanho suíno, 6º rebanho bovino, 14º rebanho ovino e o 12º efetivo de aves (galinhas, galos, frangos) do estado.
Indústria
A junção dos setores primário e secundário, especialmente na agroindústria, desempenha papel importante na economia local, sendo um de seus pilares.
Segundo o IBGE, há um total de 1300 indústrias de transformação no município. Estima-se que só nos polos industriais devem ser instaladas 180 indústrias nos próximos anos, sendo que 40 estão em fase de execução, num investimento de R$ 900 milhões com a expectativa de pelo menos 15 mil novos empregos. A Agência Municipal de Desenvolvimento Econômico estima que dentro das 180 indústrias incentivadas nos polos industriais nas saídas para Cuiabá e Sidrolândia, 40 estão em fase de instalação, 53 já funcionam, 44 cumprem as exigências e apresentam os projetos e 43 foram canceladas ou negadas. Muitas vezes as questões ambientais pesam na hora de não aceitar um investimento.
Principais ramos: indústria extrativa, editorial e gráfica, roupas (vestuário, calçados e artefatos de tecidos), mobiliário, entreposto de ovos, fábrica de conservas, frigorífico (abate de aves, coelhos e bovinos), beneficiamento e fábrica de laticínios, sucos e extrato de frutas, água mineral e refrigerantes, material de limpeza, farelo e farinha de soja, fábrica de produtos e subprodutos de origem animal, metalúrgica, transporte, madeireira, mecânica, material elétrico e de comunicação, papel e papelão, borracha, produtos farmacêuticos e veterinários, perfumaria/sabões/velas, produtos de matérias plásticas, têxtil, curtume, fábrica de óleo de soja, fábrica de massas e biscoitos, moinho de trigo e fecularia.
Comércio
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Shopping Popular, mais conhecido como Camelódromo.
Com um razoável desenvolvimento comercial, Campo Grande dispõe de variados estabelecimentos: em 2006 eram cerca de 12 mil, em 2008 ultrapassaram os 20 mil estabelecimentos e em 2010 podem chegar a 25 mil unidades. Vários grupos acenam para o mercado campo-grandense: a rede varejista Wal-Mart inaugurou em agosto de 2008 sua primeira loja na cidade, o Supercenter Wal-Mart. Pertencente ao mesmo grupo, o Maxxi Atacado, na Rua São Borja, esquina com Av. Cel. Antonino, no bairro de mesmo nome. Também há mais uma unidade na Av. Ernesto Geisel, na Vila Jacy. O grupo Pão de Açúcar, administrador do Hipermercado Extra, também já inaugurou mais uma loja na Rua Joaquim Murtinho, nº3167, no bairro Chácara Cachoeira, região leste da cidade.
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Shoppings centers
Serão inaugurados mais quatro shoppings além dos já 4 existentes, totalizando 8 unidades. A construção desses empreendimentos na cidade deve mobilizar mais de R$ 400 milhões em investimentos. Os shoppings são os seguintes:
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OBS: além dos shoppings, a cidade possui vários outros centros de compras menores, que são chamadas de galerias, além de supermercados, hipermercados e lojas de conveniência.
Turismo
Ônibus turístico ou City Tour.
Campo Grande dispõe de uma grande infraestrutura tanto para o turismo tradicional quanto para turismo de eventos e histórico. Oferece várias opções de hotéis e equipamentos de lazer rural e urbano, sendo considerada um importante ponto turístico em território brasileiro. Campo Grande é uma das opções por onde começa a aventura turística dos que se propõem a conhecer o Pantanal. A cidade tem seu próprio gestor de turismo, o Campo Grande Convention & Visitors Bureau.
Turismo contemplativo
Áreas verdes
Com aves cortando o céu e animais em parques urbanos, visitar a cidade é estar em contato com a natureza. Suas áreas verdes são locais para a contemplação, lazer e prática de exercício. Há uma variedade de áreas verdes na cidade:
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Parques
Parque das Nações Indígenas.
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Parque Anhanduí: localizado na confluência do córrego Segredo com o córrego Prosa. Possui sede administrativa e teatro de arena.
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Parque Ayrton Senna: oferece um espaço amplo para eventos e exposições, além de contar com diversas quadras de esporte. Possui também oficinas culturais para diversas faixas etárias.
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Parque Cônsul Assaf Trad: são 258.800 m² de uma área contígua ao empreendimento em um parque com um ampla área verde: 3 lagos, trilha, estações de alongamento, um playground e um anfiteatro. Depois de pronto, o parque foi doado ao município e passou a ser mais uma opção para passeios com a família e convívio com a natureza.
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Parque Ecológico do Sóter: inaugurado no fim de 2004, é um dos parques mais novos da cidade. Projetado como parque modelo, oferece área verde de 22 hectares, quadras poliesportivas, pista de skate e patinação, pista de cooper, ciclismo e quiosque com churrasqueira.
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Parque Estadual do Prosa: anexo ao Parque das Nações Indígenas e Parque dos Poderes, possui área de 135 hectares onde fica a nascente do rio Prosa. Local com trilhas para pratica de esportes radicais. No mesmo parque estão situados o CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) e espaços para exposições e venda de artesanatos regionais.
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Parque Estadual Mata do Segredo: possui 177,58 hectares e é utilizado também para fins de pesquisa científica, educação ambiental, recreação e turismo em contato com a natureza. Situado na zona norte de Campo Grande, pertence ao Exército.
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Parque Florestal Antônio de Albuquerque: chamado também de Horto Florestal (desde 1956), o parque possui uma área verde de 4,5 hectares. Abriga espaço de lazer e várias espécies de árvores nativas, preservando suas características próprias. O local dispõe de orquidário, espelho d'água com espaço para manifestações culturais, pista de bicicross, pista de skate, teatro de arena coberto para atividades múltiplas (capacidade para cerca de 2.000 pessoas), projeto de reflorestamento e paisagismo, biblioteca pública e centro de convivência para idosos.
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Parque Jacques da Luz: oferece um espaço amplo para eventos e exposições, além de contar com diversas quadras de esporte. Possui também oficinas culturais para diversas faixas etárias.
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Parque das Nações Indígenas: considerado o maior parque urbano do mundo, com uma extensão de 119 hectares, o local oferece infraestrutura adequada para a prática de lazer e esporte. Possui uma pista asfaltada para caminhada de 4000m, quadra de esportes, pátio para skate e patins, sanitários, lanchonetes, policiamento e um grande lago formado próximo à nascente do córrego Prosa. Disponibiliza também um local destinado a shows e apresentações. Cerca de 70% da vegetação do parque é formada por gramas e árvores ornamentais que fazem parte do projeto de paisagismo do parque. Uma grande quantidade de espécies de árvores são preservadas, como jenipapo, mangueira e aroeira.
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Parque dos Poderes: possui como característica a paisagem do cerrado. Os pequenos prédios que abrigam os diversos setores da administração estadual se espalham ao longo das avenidas, dando ao conjunto aspecto de perfeito equilíbrio ambiental. Destacam-se na paisagem a Torre da TV Educativa (apontada como a mais alta de alvenaria no País) e o Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, um dos maiores e mais bem equipados centros de convenções do interior do Brasil. Dirigir no parque à noite exige atenção para não atropelar algum animal(lobinhos, quatis e tatus) que mora na reserva adjacente. E também de dia, porque, principalmente nos fins de semana, o parque é tomado pelos adeptos da caminhada e da bicicleta.
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Praças
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Praça Ary Coelho: localizada no centro da capital, o local abrigou o primeiro cemitério de Campo Grande (na época, arraial de Santo Antônio), tornando-se praça em 1909 com o novo traçado da cidade. Em 1954 recebeu o nome de Praça Ary Coelho em homenagem ao Prefeito de Campo Grande, assassinado em 1952, em Cuiabá-MT. A praça costuma abrigar shows musicais, além de apresentações de teatro e capoeira. É a praça mais tradicional da capital.
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Praça Cuiabá: conhecido também por Monumento Cabeça de Boi, seu traçado topográfico foi feito em 1923, no início da construção dos quartéis e da Vila Militar do Exército. O local, na época da inauguração do Coreto (1925), ainda não era uma praça, mas apenas uma rotatória na confluência das ruas Dom Aquino, Marechal Rondon e Duque de Caxias.
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Praça das Araras: dispõe de quadra esportiva, espelho d'água, parque infantil e o monumento das araras. Também conhecida como Praça União, foi inaugurada junto com o Mercado Municipal em 1964. O monumento foi criado pelo artista Cleir para despertar a atenção da população para a preservação da arara azul. Após o término da construção do complexo Cabeça de Boi, em 1996, a praça foi totalmente remodelada. Por causa das polêmicas esculturas das araras, que lhes emprestam o nome, a Praça das Araras é uma das mais procuradas pelos campo-grandenses e visitantes.
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Praça Esportiva Belmar Fidalgo: possuindo toda infraestrutura esportiva, foi construído em 1933 como estádio de futebol e, em 1987, tornou-se uma praça esportiva. Em 1994, o local passou por uma grande reforma. Possui duas quadras poliesportivas, arena para quadras de areia, pista de cooper, banheiros, duchas, campo de futebol suíço, playground infantil, área para ginástica, lanchonete, sede administrativa, muito verde e uma forte iluminação. O local é muito frequentado, sobretudo aos finais de semana.
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Praça dos Imigrantes: a praça é dividida em duas partes: uma com lanchonete e banheiros e outra com 30 estandes onde são vendidos trabalhos artesanais. Neste local, ainda há um minipalco que é utilizado para apresentações em dias comemorativos, como Dia das Mães, Dia do Artesão e Dia do Índio, entre outros.
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Praça Lúdio Martins Coelho: conhecida também por Praça Itanhangá, é uma área verde onde podem ser encontradas nascentes de água. Possui pista de cooper, quiosques e um parque infantil.
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Praça Oshiro Takemori: na praça funciona a Feira Indígena, que possui três quiosques em formato de oca onde são comercializados produtos naturais (raízes medicinais, palmito, variedades de pimenta, milho verde, abóbora, conservas de pequi, etc) e peças de artesanato indígena. Possui um espaço para eventos que comporta 500 pessoas.
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Praça da República: conhecida como Praça do Rádio, por ficar em frente à sede do Rádio Clube. O terreno pertencia à Diocese de Campo Grande, que fez uma permuta com a Prefeitura Municipal para a construção da praça. No local, costumam acontecer feiras e shows musicais. A praça também abriga uma pequena loja de artesanato regional.
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Praça Vilas Boas: conhecida também como praça do peixe, por ter um formato semelhante ao de um peixe. Foi toda revitalizada e é mantida pelos moradores. O Bairro Vilas Boas concentra muitos artistas plásticos, artesãos e músicos.
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Outros
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Cachoeirinha: cachoeira situada próximo ao Shopping Eldorado Campo Grande.
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Inferninho: tem várias cachoeiras, sendo muito apreciado por pessoas que gostam de esportes radicais como o rapel, trilhas, escaladas e outros.
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Lago do Amor: nos anos sessenta e setenta foi refúgio de lazer do campo-grandense, com bar e pedalinhos. Ganhou esse nome por ser cenário frequente de namoros no carro. foi revitalizada
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Lagoa Itatiaia: foi revitalizada em dezembro de 2003 e quem mora próximo à lagoa frequenta o local para contemplar a natureza ou praticar exercícios físicos. Apesar de estar descuidada, está em andamento a sua recuperação.
Passeios
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City Tour: é o ônibus turístico que atende a cidade. O desenho do coletivo é o grande destaque e foi desenvolvido pela empresa Marcopolo. O modelo é um Viale Double Decker SUNNY de dois andares, sendo o piso superior aberto, o que possibilita aos passageiros uma vista razoável de todos os pontos turísticos. Com capacidade para 74 lugares, possui bancos com cintos de segurança, câmera interna no piso superior, microfone com alto-falantes, itinerário eletrônico, rampa de acesso e espaço reservado para deficientes físicos. Foi idealizado com a parceria entre o Campo Grande Convention & Visitors Bureau e a Prefeitura de Campo Grande. Seu trajeto é concluída em cerca de 2 horas e 30 minutos, num trajeto total de 48 km. Passa em 42 pontos turísticos.[19] Durante o passeio um guia conta um pouco da história de Campo Grande.
Monumentos
Monumento à imigração japonesa.
O
Relógio Central de Campo Grande, atualmente na esquina da Rua Calógeras com a Avenida Afonso Pena, outrora localizava-se entre a Rua 14 de Julho e a Avenida Afonso Pena.
Os monumentos são marcos de sua história e eternizam a importância dos povos que contribuíram para a evolução urbana de Campo Grande. Algumas edificações se mesclam a história da cidade:
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Monumento do Aviador na Base Aérea de Campo Grande: o avião foi usado na Segunda Guerra Mundial, que guarda a entrada da Base Aérea, homenageando o Tenente Aviador Chaves Filho, Sub Comandante da Base.
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Monumento ao Índio no Parque das Nações Indígenas: monumento que simboliza a cultura indígena.
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Monumento da Imigração Japonesa na Praça da República de Campo Grande: marca a chegada da colônia japonesa ao Estado, no início do século XX. A obra, que representa a maquete de uma casa típica japonesa, é do escultor Yutaka Toyota e está localizada na área central da Praça da República, tendo sido inaugurada no dia 26 de agosto de 1979 em homenagem aos 70 anos da imigração japonesa.
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Monumento Carro de Boi (Esquina das ruas Fernando Correa da Costa e Ernesto Geisel): conhecido também por Monumento dos Imigrantes, é considerado o Marco da Fundação da cidade. Este monumento marca o local onde chegaram as primeiras famílias de migrantes em Campo Grande, que vieram de Minas Gerais desbravar a região. Idealizado pela artista plástica Neide Ono e construído em 1996, o monumento é representado por um carro de boi, meio de locomoção utilizado pelos colonizadores da cidade. Localizado ao lado do Horto-Florestal.
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Monumento Pantanal Sul no Aeroporto Internacional de Campo Grande: o monumento é representado por dois tuiuiús, símbolo do Pantanal.
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Obelisco: construído em homenagem aos fundadores da cidade, o Obelisco foi inaugurado no dia 26 de agosto de 1933, na gestão do então Prefeito Ytrio Corrêa da Costa, num projeto do Engenheiro Newton Cavalcante, na época comandante da Circunscrição Militar. Foi tombado como Patrimônio Histórico de Campo Grande em 26 de Setembro de 1975.
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Relógio Central: originalmente construído na confluência da rua 14 de Julho com a avenida Afonso Pena, foi ponto de referência da cidade, onde aconteciam grande reuniões e comícios políticos. A réplica existente, inaugurada em 2000, imita o original, que media 5 metros de altura, possuía um relógio com quatro faces e foi demolido em nome do progresso.
Turismo de eventos
Centro de Eventos Albano Franco.
Campo Grande se destaca no quesito turismo de eventos no Brasil, oferecendo muitas oportunidades de negócios. Recebe vários eventos nacionais e internacionais, dispondo de ótima infraestrutura de serviços. Relação dos principais locais onde ocorrem eventos e apresentações na cidade:
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Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo (3 auditórios e 1 teatro): foi considerado o melhor investimento turístico do ano de 1994, com o PIT (Prêmio de Imprensa do Turismo) no Rio de Janeiro. Possui recepção, cafeteria, restaurante e salão de exposições.
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Centro de Convenções do Bristol Exceler Plaza Hotel (5 auditórios)
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Centro de Convenções do Bristol Jandaia Hotel (5 auditórios)
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Centro de Convenções do Novotel (7 auditórios): suporta eventos de pequeno e grande porte. Possui uma área construída de 320 metros quadrados, incluindo uma sala de apoio de 21 metros quadrados.
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Centro de Convenções Gunter Hans (4 auditórios): possui um salão de exposições com 150 metros quadrados.
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Centro de Eventos Albano Franco: espaço reservado para grandes feiras industriais, shows e grandes eventos.
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Parque Laucídio Coelho: no parque, além da tradicional feira agropecuária Expogrande, acontecem shows musicais, festas e eventos de grande porte, como o Moto Road e a Festa das Nações. No local, também acontecem rodeios e leilões de animais.
Religião
As religiões predominantes são a protestante e a católica. Para esta última, a cidade pertence à Arquidiocese de Campo Grande e seu padroeiro é Santo Antônio. Todavia, Campo Grande possui uma das maiores populações evangélicas do País. Igrejas como Batista, Presbiteriana, Metodista, Luterana e Assembleia de Deus possuem muitos adeptos e apresentam crescimento mais acentuado do que o catolicismo. Campo Grande, como a maioria das cidades brasileiras, começou a se desenvolver à beira de um curso d'água e à sombra de uma igreja. Algumas edificações se mesclam à história da cidade.
Templos históricos
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Catedral de Nossa Senhora da Abadia: foi a primeira igreja construída na cidade, por volta de 1880, em homenagem ao santo protetor de José Antônio Pereira, fundador da cidade. Foi demolida em 1977 para a construção da atual igreja matriz, que recebeu o título de Catedral Metropolitana de Nossa Senhora da Abadia depois da bênção do Papa João Paulo II, em 1991.
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Igreja de São Benedito: está intimamente ligada à ex-escrava Eva Maria de Jesus, a Tia Eva. Líder de sua comunidade, ela construiu a igreja em 1910 para pagar uma promessa feita a São Benedito. A igreja foi decretada Patrimônio Cultural de Campo Grande em junho de 1998. A imagem de São Benedito, esculpida em madeira e trazida de Goiás por Tia Eva, permanece até hoje no local. Tia Eva faleceu em 1926 e seu corpo está sepultado em frente à capela. Desde 1905, os devotos do santo e descendentes da Tia Eva reúnem-se para a tradicional Festa de São Benedito, no mês de maio, que inclui eventos culturais, bailes, comidas típicas, leilões e jogos de quermesse, rezas e fogos de artifício.
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Igreja Presbiteriana Central de Campo Grande: templo construído em 1935 e um dos mais procurados para casamentos.
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Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro: fundada em 1938, localiza-se em um dos primeiros bairros da cidade, o Amambaí.
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Paróquia de São Francisco de Assis: localiza-se ao lado da estação ferroviária e é uma das poucas igrejas que ainda conservam sua arquitetura original. É utilizada para prática religiosa e cultos e pertence aos padres franciscanos, formando com o conjunto ferroviário um marco referencial urbano da parte antiga da cidade. Considerada uma das maiores construções históricas de Campo Grande.
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Paróquia São José: construída em 1938, possui belos vitrais e é uma das mais frequentadas na cidade.
Outros templos
Turismo rural
Na cidade há também a opção do turismo rural. Pode-se conhecer estâncias, pousadas rurais, pesque-pagues, trilhas ecológicas, cachoeiras e fazer esportes radicais e cavalgadas. No day-use o turista pode conhecer a história e cultura dos peões locais, além de ter a opção de comprar guloseimas e artesanato rural.
Infraestrutura
Na infra-estrutura Campo Grande dispõe de variados serviços (restaurantes, padarias, confeitarias, bancos, financeiras, órgãos públicos-federais, estaduais e municipais, clubes, hotéis, pousadas, bordéis e motéis) que apóiam a população de um modo geral.
Bancos e financeiras
Movimentação financeira (fonte: IBGE 2010)[20] |
Tipo de movimentação |
Valor (R$) |
Operações de Crédito |
4.749.306.949,00 |
Depósitos à vista - governo |
51.024.162,00 |
Depósitos à vista - privado |
735.001.422,00 |
Poupança |
1.259.516.462,00 |
Depósitos a prazo |
2.240.856.383,00 |
Obrigações por Recebimento |
5.291.205,00 |
Total |
9.040.996.583,00 |
Com relação a bancos e financeiras Campo Grande conta com as seguintes unidades:
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Bancos públicos
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Bancos privados
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Financeiras e cooperativas de crédito
Ensino e pesquisa
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No ensino fundamental, segundo o MEC, há 449 escolas de ensino básico, fundamental, médio e profissionalizante. No ensino superior são 11 escolas (5 universidades e 6 faculdades). Também se destaca na pesquisa.
Hospedagem
Em Campo Grande a rede hoteleira chega a 50 unidades e o númerode leitos a 4 mil. Faltam dois mil leitos em hotéis para atender a demanda de eventos na Capital. Os investimentos que vem para aliviar essa deficiência é o novo hotel em frente ao Shopping Eldorado Campo Grande, na Avenida Afonso Pena, da rede hoteleira Metropolitan e Hotel Internacional. O prédio terá classificação de quatro estrelas, com oito andares, 200 apartamentos, dois restaurantes, seis salas de conferência, uma sala de ginástica e galeria de lojas que atenderá as classes A e B. As obras da rede Metropolitan iniciaram em março de 2007, com previsão de conclusão até o 2° bimestre de 2010. O custo do investimento deve superar R$ 25 milhões. Outro hotel, o Holiday Inn de categoria cinco estrelas, está sendo construído em frente à Base Aérea, na Avenida Duque de Caxias. A obra do hotel seria parte do projeto da prefeitura para trazer a Copa do Mundo de 2014, mas a cidade acabou não-escolhida subsede da copa. O proprietário é o empresário Jair Pandolfo, donos de três hotéis em Campo Grande.
Comunicações
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Dispõe de uma boa infra-estrutura para comunicações que abrange jornais, revistas, rádios e emissoras de televisão. Com relação a internet, Campo Grande dispõe de conexões de banda larga e pontos de acesso público. No entanto, a forma mais comum de acesso para a população é nos próprios hotéis ou com preços normalmente mais em conta, além de cybercafés e LAN houses (as casas de jogos em rede). O acesso a internet é bastante difundido em toda zona urbana. Pela internet é possível fazer também ligações pelo sistema VOIP.
Meios de transporte
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Com relação ao transporte, Campo Grande é servida por:
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Interurbano
O transporte interurbano que atende o município é dividido em rodoviário e aéreo.
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Rodoviário
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Aéreo
No transporte aéreo, Campo Grande conta com 3 aeroportos:
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Aeroporto Internacional de Campo Grande: o maior do estado, com duas pistas de 2600 m, área de Embarque: 6 mil m², 5 empresas de transporte e distânte 6 km do Centro *Aeroporto Santa Maria: situado a leste de Campo Grande, na zona rural, recebe pequenos aviões particulares e agrícolas
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Aeroporto Teruel: situado no sul da cidade, á 15 km da região central, recebe pequenos aviões particulares e agrícolas
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OBS: apesar de na cidade ter rios e córregos, o transporte aquaviário é intransponível por causa da pouca largura e profundidade dos rios.
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Urbano
O transporte urbano de Campo Grande é representado por 4 modalidades:
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Ônibus: 600 veículos, 150 linhas e 10 terminais
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Fresquinho: 25 veículos e 10 linhas
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Táxi: aproximadamente mil veículos e cerca de 100 pontos de táxis
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Moto táxi: aproximadamente mil veículos e cerca de 100 pontos de moto-táxis
Segurança
Importante para manter a ordem pública.
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Segurança pública
Possui delegacias da Polícia Federal com infra-estrutura completa, com policiais especializados em trabalhos dentro da cidade.
Além da PF, possui comandos da Polícia Rodoviária Federal, que faz a fiscalização nas rodovias.
Também há a presença da Polícia Civil, com sua delegacias e departamento especializados, além da Polícia Militar, que faz o trabalho ostensivo e repressivo no combate a criminalidade na cidade. A ronda é feita pela Guarda Municipal.
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Segurança nacional
A segurança nacional é de responsabilidade das unidades do Ministério da Defesa (representado por EB e FAB). Segue:
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Comando do Exército
São unidades do Exército Brasileiro: 2ª Delegacia do Serviço Militar da 30ª C S M, 6º Centro de Telemática de Área, 9º Batalhão de Suprimento, 9ª Companhia de Guardas, 9ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército, 14º Companhia de Polícia do Exército, 18º Batalhão Logístico, 20º Regimento de Cavalaria Blindado, 30ª Circunscrição de Serviço Militar, Colégio Militar de Campo Grande, Comando e Companhia de Comando da 9ª Região Militar, Comando e Companhia de Comando do Comando Militar do Oeste e 9ª Divisão de Exército, Comissão Regional de Obras da 9ª Região Militar, Hospital Geral de Campo Grande, Parque Regional de Manutenção da 9ª Região Militar
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Comando da FAB
São unidades da Aeronáutica: Base Aérea de Campo Grande, CINDACTA II, DAC, Hospital da Base Aérea de Campo Grande, Infraero
Sistema de saúde e óbito
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Na saúde, a cidade de Campo Grande tem variadas modalidades médicas distribuídos por várias unidades de saúde, incluindo hospitais, maternidades e pronto-socorros. Entretanto, seus principais centros públicos sofrem com a superlotação de várias pessoas que procuram atendimento na cidade, incluindo pacientes vindos do interior do estado. São 843 unidades de saúde (sendo 27 hospitais), distribuídos entre públicos e privados. Com relação ao número de leitos, Campo Grande oferecem um total de 2463 leitos hospitalares. Campo Grande também é uma das capitais do Brasil mais bem servidas também de cemitérios, totalizando 8, entre públicos e privados.
Infelizmente a cidade não está preparada para administratar o lixo. Reportagem no Programa em rede Nacional, Fantástico, denunciou o despejo de lixo hospitalar junto com lixo comum. <ref: https://rmtonline.globo.com/noticias.asp?em=3&n=478277&p=2/> https://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1567697-7823-LIXO+HOSPITALAR+USADO+E+DESCARTADO+SEM+TRATAMENTO+EM+CAMPO+GRANDE,00.html
Cultura
A cultura em Campo Grande é marcada pela diversidade de costumes, música e gastronomia e reflete traços culturais singulares devido à herança deixada pelos índios e diversas raças, como a europeia, sírio-libanesa, japonesa, paraguaia, boliviana e pelos migrantes oriundos de outros Estados que aqui se radicaram.
Produtos regionais
Um dos seus maiores símbolos de Campo Grande nasceu da inspiração de Conceição Freitas da Silva, mais conhecida por Conceição dos Bugres. Suas esculturas de bugrinhos ficaram famosas no resto do mundo. Mesmo depois de sua morte, seus descendentes continuaram seu projeto. O artesanato indígena, principalmente terena e kadiwéu também é muito comum na cidade. Na produção terena se destacam a cerâmica, adornos, objetos em palha, barro e tecelagem. Na produção kadiwel se destaca mais o barro. Atualmente na cidade há peças esculpidas em osso e couro de peixe. Esculturas de tuiuiús, garças, onças também se destacam. Também se destacam o artesanato rural como arreio, berrante e agroprodutos. Em prédios públicos, como a Casa do Artesão (situado na esquina da Avenida Calógeras a Afonso Pena, no Centro),há várias opções disponíveis. Há também a Praça dos Imigrantes, onde são comercializados trabalhos manuais. Campo Grande é um dos maiores núcleos de artesanato do estado, possuindo vários espaços:
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Barroart: ponto de venda de artesãos do Estado, bar-lanchonete com possibilidade de música ao vivo e plantão para turistas. Iniciou suas atividades em 1999, sendo ponto de referência turística, pois apresenta cerâmica kadiweu e terena, além dos tradicionais bugres.
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Feira Central: também conhecida como "Feirona", foi fundada no início dos anos 70 e é a feira mais tradicional e movimentada da capital. Trata-se de um local bastante peculiar, onde diversas culturas e tradições convivem e se misturam. Além de frutas, legumes e verduras, é possível encontrar comidas típicas japonesas (sobá, yakisoba e sushi), além de espetinhos de churrasco e doces caseiros. Na feira, também há bancas de artesanato, além de hippies que vendem brincos, pulseiras e colares. Dias de funcionamento: quarta-feira e sábado.
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Feira Indígena: localizado na frente do Mercado Municipal, é um espaço doado aos índios Terena para que possam divulgar e comercializar seus trabalhos artesanais e produtos cultivados.
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Memorial da Cultura Indígena: situado na única aldeia indígena urbana do país, Aldeia Indígena Marçal de Souza, o Memorial foi construído com bambu e é coberto por palha de bacuri (coqueiro típico da região) em forma de ocas para cultivar um pouco da cultura indígena. Há espaço para exposições e comercialização de objetos de artesanato. A construção contempla os visitantes portadores de necessidades especiais com banheiros adequados.
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Mercado Municipal Antônio Valente: mais conhecido como Mercadão, sua construção deu-se em 1933 pelos irmãos Fidales e a Prefeitura Municipal. Hoje o local é visitado por todos e principalmente por quem vem do interior. É característico o pastelzinho frito na hora e o cafezinho todas as manhãs.
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Primeiro Traço, no Shopping Eldorado Campo Grande: este espaço nasceu da união de 49 artesãos, sendo inaugurado em 2001 para exposição de trabalhos de diversos artesãos de Mato Grosso do Sul, sobretudo de Neide Ono, Douglas e família Colombelli e Mariano Neto, entre outros. Praticamente toda a venda de peças é feita para turistas de fora do Estado.
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Quiosque da Arte, na Praça da República de Campo Grande: venda de artesanatos variados, principalmente para turistas de outros estados.
Costumes
Os costumes em Campo Grande são a soma dos povos que fizeram da região Centro-Oeste do Brasil um rico encontro de tradições, crenças e costumes.
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Influência
Capital do estado que concentra a 2ª maior comunidade indígena do Brasil, Campo Grande mistura influências de diversas etnias, principalmente dos vizinhos fronteiriços. Desbravada por mineiros, Campo Grande acolheu diversos imigrantes, além de brasileiros de vários estados. Ainda partilha a cultura do estado em que está inserido, o Mato Grosso do Sul. No município é grande a interação com a zona rural. Quem mora na zona urbana se desloca muito para a zona rural, ocorrendo também o contrário. A influência que o campo exerce na cidade é grande e percebe-se através dos alimentos. Entre os costumes mais fortes da cultura local encontram-se eventos como o Moto Road e a exposição agropecuária local.
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Música
Na música regional destacam-se os seguintes gêneros como o chamamé, guarânia e sertanejo.
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Culinária
A culinária de Campo Grande incorpora vários sabores que conquistam o turista. Na cidade os restaurantes incorporaram ao cardápio local receitas desenvolvidas com produtos regionais. Um exemplo é o nhoque de mandioca com molho de carne-seca. Também se destaca o churrasco de carne bovina (por conta da forte influência gaúcha) com mandioca (hábito adquirido com os índios). Para completar umas gotas de shoyu, tempero japonês a base de soja (shoyu = soja em japonês), que se tornou popular entre os campo-grandenses. Do Japão também veio outro prato típico: o sobá, que é um tipo de macarrão, sendo a primeira cidade no Brasil a dispor desse tipo de restaurante. Os peixes também têm sua importância gastronômica, sendo muito comum o pacu, dourado, pintado e piranha. A sopa paraguaia, também muito comum, é um tipo de bolo com milho, cebola e queijo. Outro prato comum é a chipa, semelhante ao pão-de-queijo. Outros pratos que também são comuns são os feitos com pequi, como arroz ou galinha com pequi (cuidado para não se machucar com os espinhos dentro da fruta), além de guariroba e arroz carreteiro com charque.
Como bebida típica há o tereré (feito com infusão de erva-mate e água gelada), servido numa guampa geralmente de chifre de boi e com uma bomba, de fácil preparo e tomado nos encontros entre amigos e familiares. Existem regras bem definidas numa roda de tereré e que devem ser respeitadas. A bebida é consumida especialmente nos fins-de-semana, acompanhada de música regional.
Eventos culturais
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Data móvel
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Bailes ao som de Polca e Chamamé: a polca e o chamamé foram enraizados em Campo Grande pela contribuição dos paraguaios desde o último quarto do século XIX. Graças a essa influência, criou-se na região um ritmo chamado Polca-Rock. Na festa há ainda um ritmo regional denominado rasqueado. Por ser uma manifestação de um país vizinho, não possui responsável e endereço.
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Expogrande: é uma das maiores feiras agropecuárias do Brasil. Em 2004, durante os 11 dias de realização de sua 66ª, a exposição recebeu cerca de 360 mil visitantes. Além de leilões de animais, venda de maquinário agrícola e exposição de novidades do setor agropecuário, a feira apresenta shows musicais e restaurantes com comidas típicas do Estado.
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Moto Road: desde 2009, o Moto Road não é mais realizado em Campo Grande ([1]), pois os organizadores transferiram o evento para Florianópolis (SC). O Moto Road é considerado pela imprensa nacional um dos quatro maiores eventos motociclísticos do Brasil. Durante o encontro de motos, que costuma durar cinco dias, acontecem shows musicais com artistas nacionais e internacionais, espetáculos "free style" e exposições de motos, além da confraternização entre os motociclistas e os motoclubes. Foi sediado em Campo Grande desde 1998 até 2009. A edição de 2004 do evento reuniu cerca de 9.500 motociclistas do país e de outros países, como Argentina, Paraguai, Chile, Uruguai e Estados Unidos.
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Janeiro
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Festa de Santo Reis: pertence às comemorações natalinas e é comemorada em Janeiro, mês em que os Reis Magos chegaram a Belém para visitar Jesus. Cada Folia é composta por foliões. Em Campo Grande essa folia é feita geralmente em bairros, pois guarda características culturais das zonas rurais e do interior.
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Fevereiro
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Carnaval de Rua: costuma durar 4 dias, tendo quatro shows noturnos e duas matinês. Em 2004, a festa teve um público total de cerca de 215 mil pessoas. Durante o Carnaval, acontecem shows musicais com grupos de pagode, samba e axé, do estado e de fora dele. Tem como ponto alto os desfiles são realizados na Avenida Fernando Correia da Costa, mas que pode ser num sambódromo, a ser construído pela poder público. As escolas de samba da cidade são Unidos da Vila Carvalho, Unidos do Cruzeiro, Igrejinha, Tradição do Pantanal, Catedráticos do Samba, Cinderela Tradição, União do Buriti, Unidos do Aero Rancho, Unidos do São Francisco, Império das Moreninhas, Pro Morar e Pra Sambar e Estação Primeira do Taquarussu.
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Maio
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Festa de São Benedito: na primeira semana de maio, São Benedito, santo protetor dos negros, é homenageado com uma semana de terço. No sábado acontece uma festa e, no domingo, um churrasco comunitário. A festa se tornou uma das mais tradicionais de Campo Grande. Desde 1905, os devotos do santo e descendentes da Tia Eva reúnem-se para a realização de eventos culturais, bailes, degustação de comidas típicas, leilões e jogos de quermesse, rezas e espetáculo com fogos de artifício.
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Junho
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Arraial de Santo Antônio: O Arraial é realizado no dia 13 de junho, em homenagem ao padroeiro de Campo Grande (Santo Antônio). São montadas mais de cem barracas no local (de brincadeiras, comidas, artesanato, entre outros), sendo grande parte organizada por entidades assistenciais. Também há concurso de quadrilhas, fogueira de 100 metros de altura e shows musicais de artistas regionais e nacionais.
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Agosto
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Bon Odori: festa típica japonesa onde os descendentes se reúnem para dançar. As danças tradicionais, embora sejam uma diversão, simbolizam o respeito aos antepassados. O festival é uma confraternização simbólica entre vivos e mortos. Realizado desde 1983 em Campo Grande, o Bon Odori já se tornou uma festa tradicional na capital, visto que reúne não só descendentes de japoneses, mas pessoas de todas as raças e crenças.
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Corrida do Facho: a corrida, que conta sempre com 10 (dez) equipes de 10 (dez) pessoas cada, é de revezamento e compreende um percurso total de 10 km, sendo que cada corredor percorre a distância de 1 km. Trata-se de uma prova tradicional e compõe as comemorações pelo aniversário da capital. Participam da corrida grupos formados em batalhões militares e equipes de amigos, associações, entre outros.
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Desfile Cívico-Militar de Campo Grande: faz parte das comemorações pelo aniversário da capital e costuma reunir de 20 a 25 mil pessoas. Participam do desfile diversas entidades, entre escolas, instituições de assistência e grupamentos do Exército.
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Morena Folia: a micareta de Campo Grande. A festa possui uma grande estrutura, que inclui camarotes, 2 trios elétricos, bloco de abadá e bloco de "pipoca". Suas atrações musicais costumam mesclar artistas e grupos nacionais e locais.
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Passeio Ciclístico: o tradicional passeio costuma reunir entre 10 e 15 mil pessoas. Ao final do passeio, costumam acontecer sorteios de prêmios e apresentações artísticas.
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Outubro
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Festas das Nações - EXTINTO: o evento reunia as colônias estrangeiras que povoaram Campo Grande. Em 2003, foram 9 colônias estrangeiras participantes: afro-brasileira, boliviana, norte-americana, italiana, japonesa, libanesa, paraguaia, portuguesa, espanhola. Também participavam as colônias indígenas, mineira, nordestina, paulista, carioca e gaúcha. A festa divulgava o artesanato, o folclore e a gastronomia típica de cada colônia, oferecendo à população, bem como aos turistas, um convívio com os costumes e tradições das diversas culturas presentes na capital. Além disso, aconteciam shows musicais com artistas locais e nacionais.
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Dezembro
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Festa de Nossa Senhora do Caacupé: acontece no dia 8 de Dezembro. Nossa Senhora do Caacupé foi trazida da cultura religiosa paraguaia - "Virgencita de Caacupé" - e recebe homenagens durante missas e rezas seguidas de almoços, jantares à base de pratos usuais da cozinha paraguaia e bailes. A principal manifestação desta festa acontece entre os membros da Associação da Colônia Paraguaia, embora existam cultos particulares reunindo familiares distribuídos por diversos bairros da cidade.
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Reveillon: a festa, que comemora a passagem do ano, é organizada todos os anos pela Prefeitura Municipal e costuma reunir um grande público (em média, 25 mil pessoas). Além de shows musicais, o evento conta com uma grande queima de fogos, à meia-noite, que dura cerca de 10 minutos.
Grupos culturais e musicais
Campo Grande possui grupos de teatro e até de cinema experimentais que trabalham de maneiras alternativas.
Cena musical
Campo Grande vem crescendo musicalmente a cada ano e nota-se uma mudança significativa na qualidade de seu produto musical. O estilo Sertanejo que sempre foi o ponto forte da região, começa a abrir espaço para novos movimentos musicais que contam com bandas de Rock (já tradicionais, porém menos expressivas até então), Jazz, MPB, Grupos de Percussão, Música Eletrônica e Música Clássica.
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Grupos
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Duplas sertanejas
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Cantor solo
Entidades culturais
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Instituto Enokadi - OPPPS (Rua Paraíba, 1752, Jardim dos Estados): criado em 1999, por produtores culturais e artistas sul-mato-grossenses, tem o objetivo de promover e divulgar a cultura regional através de projetos. É responsável pela criação da Orquestra de Câmara do Pantanal, entre outros.
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Shekinah (Rua dos Arquipélogos, 846 - Coophavila II): a Associação Shekinah é um projeto social, voltado para jovens a partir de 12 anos, que busca resgatar a dignidade e auto-estima dessas crianças, através da dança e música.
Espaços de cultura e exposição
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Art Galeria Mara Dolzan: realiza exposições culturais e de arte.
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Centro de Cultura José Octávio Guizzo: nesse espaço são realizadas oficinas gratuitas de arte (dança, teatro, pintura, etc). Possui 2 auditórios e uma galeria para exposições temporárias.
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Centro Municipal de Belas Artes, próximo ao Conjunto Ferroviário: possui um teatro para 435 lugares e um auditório para 137 pessoas.
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Centros de Tradições Gaúchas: em Campo Grande há dois CTGs: CTG Farroupilha e CTG Tropeiros da Querência. Além dos CTGs citados, Campo Grande ainda é sede estadual do Movimento Tradicionalista Gaúcho de Mato Grosso do Sul (fundado em 9 de fevereiro de 1990), situado na rua Everest, 325, sala 1.
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Conjunto Ferroviário: antiga Estação Ferroviária Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (N.O.B.); em 1907 chegou em Campo Grande uma comitiva, chefiada pelo engenheiro Emilio Schenoor, para estudar e definir o traçado da ferrovia da companhia Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que assinou contrato com o Governo Federal, autorizando-a a fazer interferência na estrutura da área urbana da cidade. Edificada ao lado da Estação Ferroviária, a vila começou a ser construída com o objetivo de agregar funcionários e seus familiares. A vila localiza-se em torno de uma ruela, próxima ao local do nascimento do ex-presidente Jânio Quadros, ocorrido em 1917 na rua 14 de Julho.
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Espaço Unimed: no local acontecem exposições mensais.
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Memorial Apolônio de Carvalho: vários museus e espaços para exposições.
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Morada dos Baís: é resultado de um projeto do Sebrae/MS, em parceria com a Prefeitura de Campo Grande, que, em 1993, revitalizou a antiga construção de 1918. Inicialmente tratava-se da residência de Bernardo Baís, um dos primeiros e mais importantes comerciantes da cidade. Com sua morte em 1938, o prédio foi alugado e transformado na Pensão Pimentel, uma das primeiras referências em hotelaria de Campo Grande, que funcionou até 1979, quando foi desativada e caiu no abandono. Após sua revitalização, o lugar se tornou um dos principais pontos turísticos da cidade, sendo parada obrigatória para quem quer saber mais sobre o turismo, a cultura e a história de Campo Grande. Nesse espaço são feitas também exposições temporárias e permanentes.
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Observatório do Pantanal: conta com teatro municipal para 1,2 mil pessoas, um museu interativo e um planetário.
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Palácio das Comunicações Jornalista David Nasser: pertence ao governo estadual. Sua torre é muito famosa por ser a maior torre de alvenaria do mundo, com 100 m de altura, e também por ter sido ponto de avistamento de objetos não-identificados. Em sua estrutura funciona a diretoria de uma rádio FM e da TV Educativa, ligada à Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.
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Salão de Exposições Loyde Bonfim Andrade: realiza várias exposições.
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Sarau do Zé Geral: trata-se de um espaço para movimentos culturais de diversos gêneros, tendo sido fundado no fim dos anos 90.
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Usina de Arte Conceição Ferreira: o espaço está ligado às Artes Cênicas e oferece aulas de teatro, além de criar e produzir peças de teatro.
Vida noturna
Campo Grande possui diversão para os mais diversos públicos e sua vida noturna é muito rica e movimentada, tendo várias opções para sair na cidade, especialmente nos fins de semana.
Para o calor do fim da tarde há vários bares espalhados pela cidade, um para cada tipo de gosto, especialmente regional. Mas há baladas variadas também: boates, matinês, shows e festas temáticas (dos anos 80, por exemplo). A noite vem crescendo cada vez mais com a inauguração de novos bares e casas noturnas. Há ainda os restaurantes e vários destes servem variados tipos de comida, possuindo também a opção de rodízios, principalmente pizzarias. Na cidade há no total quase 1000 estabelecimentos de bares, choperias, lanchonetes e restaurantes.
Cinemas
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Em funcionamento
A cidade conta com um total de 22 salas de exibição (e a previsão é que chegue a mais 10 pelo menos com os novos shoppings que Campo Grande vai receber nos próximos meses, entre eles Bosque dos Ipês e 26 de Agosto).
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Cine Campo Grande (2 salas): situado no centro, o cinema possui sessões às quartas, sextas, sábados e domingos, com filmes variados do circuito comercial.
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Cine Glauce (1 sala): situado no teatro de mesmo nome, o cinema possui duas sessões às terças-feiras com filmes variados do circuito comercial
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Cine Marco (1 sala): situado no MARCO, o cinema possui sessões todos os dias, com filmes variados do circuito comercial.
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Cine Moreninhas (1 sala): situado no bairro Moreninhas, o cinema possui sessões todos os dias, com filmes variados do circuito comercial.
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Cinemark (10 salas): situado no Shopping Campo Grande, o cinema possui sessões todos os dias, com filmes variados do circuito comercial.
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Cinépolis (7 salas): situado no Shopping Norte-Sul Plaza, o cinema possui sessões todos os dias, com filmes variados do circuito comercial.
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Extintos
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Cine Plaza (1 sala): foi extinto em 1996, quando o Cine Center passou a exibir filmes pornográficos. Localiza-se na antiga rodoviária de Campo Grande, mas está abandonado.
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Cine Center (1 sala): foi extinto em 2010, quando a antiga rodoviária de Campo Grande foi desativada. Está abandonado.
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Cine Acapulco (1 sala): Criado antes da divisão do estado de Mato Grosso, o cinema acabou pegando fogo e não foi reformado. Localiza-se na rua 26 de Agosto. Atualmente está abandonado.
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Cine Cultura (1 sala): Parou de funcionar em 2011. o cinema possuia duas sessões à noite e passava somente produções fora de catálogo comercial.
Museus
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Teatros
Atualmente Campo Grande conta com 13 teatros que recebem diversas peças regionais, nacionais e internacionais:
Literatura
Entidades
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União Brasileira de Escritores - Seção MS: surgiu a partir do antigo MEI - Movimento de Escritores Independentes e atualmente congrega escritores da capital e do interior do Estado. Realizou em 1986 a Noite da Poesia de Campo Grande como mostra não-competitiva, que a partir de 1989 foi transformada em um concurso de poesia contemplando texto e declamação. O evento que se tornou referência estadual, hoje acontece em nível nacional. É realizado graças à parceria com a Fundação de Cultura de Campo Grande, que nos últimos anos trouxe grandes nomes para a realização de palestras, como Adélia Prado, Wally Salomão, Arnaldo Antunes, Nélida Piñon, Gabriel o Pensador e Affonso Romano de Santana.
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Academia Sul-Mato-Grossense de Letras: cognominada "Casa Luís Alexandre de Oliveira" com sigla A.S.L., é sucessora da Academia de Letras e História de Campo Grande, fundada em 11 de outubro de 1972, desde 1979 possui o nome atual. É uma associação de duração ilimitada, que tem finalidade exclusivamente literária e cultural, legalmente constituída em pessoa jurídica. É a associação literária máxima que representa o estado de Mato Grosso do Sul perante a Academia Brasileira de Letras.
Bibliotecas
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Biblioteca Dr. Manoel de Oliveira Gomes ( Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul ) o acervo da biblioteca é composto atualmente de 5.820 obras em geral divididos entre livros, revistas,folhetos,obras de refêrencias e CD-rooms, possui ainda as coleções do Diários da Justiça de MS, Diário Oficial de MS, Diário Oficial da União (desde fevereiro de 1979), aberta ao público para pesquisa.
Esporte e automobilismo
A cidade possui razoável planejamento de infraestrutura esportiva: recebe todo ano eventos esportivos e automobilísticos importantes como a Formula Truck e a Stock Car. O maior estádio universitário da América Latina também se encontra na cidade. Possui vários outros equipamentos esportivos que impulsionam mais o turismo esportivo e atraem milhares de pessoas.
Automobilismo
A cidade é servida pelos seguintes equipamentos automobilísticos:
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Autódromo Internacional Orlando Moura: o autódromo fica 15 km a oeste do Centro de Campo Grande e possui uma pista com 3.433 metros de extensão. Recebe todos os anos etapa nacional da Stock Car, Fórmula Truck e Motovelocidade.
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Kartódromo Ayrton Senna: o autódromo fica a cerca de 15 km a sul do Centro de Campo Grande, no bairro Cidade Morena, possuindo uma pista de 930 metros de extensão.
Futebol
Principal polo futebolístico do estado, Campo Grande possui toda infraestrutura relativa a este esporte, com vários estádios e clubes.
Copa de 2014
A cidade chegou a ser uma das candidatas a ser uma das subsedes da Copa de 2014 no Brasil, mas perdeu a disputa para Cuiabá (Mato Grosso). Foi oferecido o Estádio Pedro Pedrossian, o Morenão, para ser a sede dos jogos no município. Apesar disso, existe a possibilidade de Campo Grande ser incluída para ser uma das subsedes da Copa de 2014, caso a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) descarte algumas das 12 escolhidas. Também há a possibilidade de sediar a Copa das Confederações, abrigar uma das seleções ou outros eventos alusivos à competição.[21]
Clubes e estádios
Os principais times municipais são o Comercial e o Operário, pois foram os que jogaram no Campeonato Brasileiro. Outros times profissionais do município são: Moreninhas, Portuguesa, CENE, União, Campo Grande, Taveirópolis, Guaicurus e MS Saad.
Os estádios que recebem jogos oficiais são:
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Estádio Morenão: inaugurado em 7 de março de 1971, o estádio tem capacidade para cerca de 45 mil pessoas. Em torno do campo (110 x 70 metros) há pistas e equipamentos de atletismo. É o maior estádio universitário da América Latina.
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Estádio Belmar Fidalgo: possuindo toda infraestrutura esportiva, foi construído em 1933 como estádio de futebol, tornando-se praça esportiva em 1987. Foi reformado em 1994. Além do campo de futebol suíço, existem duas quadras poliesportivas e arena para quadras de areia. O local é muito frequentado, sobretudo aos finais de semana.
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Estádio Jacques da Luz: situado na zona sul de Campo Grande, no bairro Cidade Morena, possui capacidade de 4 mil lugares e conta com diversas quadras de esporte.
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Estádio do Esporte Clube Comercial.
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Estádio Elias Gadia: é o estádio oficial do Esporte Clube Taveirópolis. Possui capacidade para 3.000 pessoas.
Outros esportes
Para prática de outros esportes, existem vários ginásios espalhados pela cidade. Os principais são:
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Obra Social Paulo VI: pertencente à Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora - Salesianos Paulo VI, possui quadras de Futebol, futebol de campo, de areia, quadra de basquete, quadra de vôlei e salão usado para eventos comunitários.
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Centro de Treinamento Esportivo: pertencente a Funcesp.
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Centro Poliesportivo da Mace: pertencente ao Colégio Mace (Moderna Associação Campograndense de Ensino), possui ginásio de esportes, centro com quadras poliesportivas descobertas: tênis, voleibol, basquetebol, futsal e handebol.
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Ginásio Clube do Trabalhador
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Ginásio Moreninho (Cidade Universitária de Campo Grande): pertencente à UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
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Ginásio Guanandizão: possui arquibancada e estacionamento.
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Ginásio do Parque Ayrton Senna: possui várias quadras de esporte.
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Ginásio do SESC Camillo Bonni: pertencente ao Sesc Camillo Bonni.
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Ginásio Poliesportivo Dom Bosco: pertencente à Universidade Católica Dom Bosco, o ginásio possui 4 quadras cobertas, uma piscina semi-olímpica, pista de bicicross e, ainda, um campo de futebol.
Curiosidades
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É de Campo Grande o primeiro curso de pós-graduação em trânsito da América Latina, ministrado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran MS).
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Campo Grande foi a primeira cidade do Brasil a dispor de sobarias, restaurantes típicos japoneses que servem sobá de Okinawa.
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No Parque do Prosa (oficialmente Parque das Nações Indígenas), pesquisadores encontraram restos de povos pré-colombianos. Não se descarta a possibilidade de que a região tenha sido habitada por povos pré-históricos. Há indícios por toda a região.
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Até a chegada da ferrovia, o correio em Campo Grande vinha por Aquidauana, que se ligava ao Rio de Janeiro pelo rio da Prata e rio Paraguai. Os malotes percorriam vinte e tantas léguas a cavalo, em viagens que às vezes se atrasavam demais por excesso de combustível no cavaleiro.
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A primeira sessão de cinema em Campo Grande foi na virada de século passado, embaixo das laranjeiras do único hotel da cidade. Um viajante levava a novidade pelo interior do país, fazendo de tela um lençol esticado que, quando molhado permitia melhorar a imagem dos curtas acelerados que extasiavam as incrédulas plateias.
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A primeira reportagem sobre Campo Grande ilustrada com belas fotos panorâmicas e com impressão boa qualidade foi certamente a publicada no Album Graphico de Matto Grosso, impresso na Alemanha em 1916.
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Com a chegada do trem, muitos imigrantes libaneses, que há anos derretiam no calor de Corumbá, acabaram se mudando para Campo Grande, onde encontraram clima bem mais ameno que, segundo dizem, é muito parecido com o da terra natal.
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Em Campo Grande está hoje uma das mais expressivas comunidades de descendentes de imigrantes japoneses originários da ilha de Okinawa.
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Campo Grande tem uma escola projetada nos anos 1950 pelo arquiteto Oscar Niemeyer. É a Escola Estadual "Maria Constança de Barros", localizada na rua Marechal Rondon, perto da Estação Rodoviária. Tem a forma de um livro aberto.
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Campo Grande é uma das primeiras cidades brasileiras a contar com cinema no sistema multiplex. Instalado no Shopping Campo Grande, conta com dez salas, com bar/café, poltronas especiais para namorados e sessões iniciando a cada 15 Minutos.
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Campo Grande foi a primeira cidade brasileira a ser atendida por um sistema de tv a cabo comercial. O módulo inaugural cobria apenas algumas quadras do Jardim dos Estados, bairro nobre da Capital.
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A torre da TV Educativa, no Parque dos Poderes, tem 100 metros de altura e é apontada pelos construtores como a mais alta torre de alvenaria da América Latina.
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A estrada de ferro, que em 1914 chegou a região trazendo o progresso e a modernização, apresenta uma curiosidade que só a engenharia da época pode explicar. Em vez de atravessar a cidade em linha reta, a ferrovia faz uma enorme curva para, depois da estação, dar praticamente meia volta e seguir então rumo a Corumbá. Esse trajeto pitoresco ficará marcado no desenho de ruas e bairros mesmo depois da retirada dos trilhos do centro da cidade, que ocorreu em 2005.
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Campo Grande foi fundada em 21 de junho de 1872, entretanto comemora aniversário em 26 de agosto, data em que, em 1899, foi alçada à condição de município. A maioria das pessoas conta, erroneamente, os anos de fundação a partir de 1899.
Ver também
Referências
Ligações externas
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